ATA DA CENTÉSIMA VIGÉSIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 07-12-2015.
Aos sete dias do mês de
dezembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Antonio Matos,
Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Fernanda Melchionna, Idenir
Cecchim, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Prof. Alex Fraga e Titi Alvares. Constatada a existência de quórum,
o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Dinho
do Grêmio, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, João Bosco Vaz, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes
Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Resolução nº 050/15 (Processo nº 2664/15), de
autoria de Dr. Raul Fraga, e o Projeto de Lei do Legislativo nº 243/15
(Processo nº 2233/15), de autoria de Dr. Thiago. Ainda, foi apregoado o Ofício
nº 1348/15, do Prefeito, comunicando o cancelamento de seu afastamento do
Município, conforme previsto no Ofício nº 1321/15, datado de vinte e sete de
novembro do corrente. Também, foi apregoado o Memorando nº 047/15, de autoria
de Séfora Gomes Mota, informando, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 227 do
Regimento, sua participação, hoje, no Ato de Adesão da Prefeitura de Porto
Alegre a Campanha do He for She e de Mobilização da Campanha do Laço Branco, no
Salão Nobre do Paço dos Açorianos da Prefeitura, em Porto Alegre. Do
EXPEDIENTE, constou Carta de Solidariedade à Ocupação Lanceiros Negros. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Márcio Bins Ely, Kevin Krieger, Elizandro
Sabino, Idenir Cecchim e Alberto Kopittke. Na ocasião, foi aprovado
Requerimento de autoria de Mônica Leal, solicitando Licença para Tratar de
Interesses Particulares no dia sete de dezembro do corrente. Também, foi
apregoado Requerimento de autoria de Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB,
solicitando Licença para Tratamento de Saúde para Professor Garcia, do dia oito
de dezembro do corrente ao dia cinco de fevereiro de dois mil e dezesseis,
tendo o Presidente declarado empossado na vereança o suplente Dr. Raul Fraga,
informando que Sua Senhoria integrará a Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
Também, foram apregoadas Declarações de autoria de Idenir Cecchim, Líder da
Bancada do PMDB, informando o impedimento dos suplentes Lindomar Possa e André
Carús em assumirem a vereança em substituição a Professor Garcia. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin Krieger, solicitando alteração
na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às quinze horas e três minutos,
constatada a existência de quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A
seguir, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Kevin Krieger,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
priorização da Ordem do Dia. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e
quatro minutos às quinze horas e seis minutos. Em continuidade, Cassio
Trogildo, Guilherme Socias Villela, Delegado Cleiton, Paulo Brum, Engº
Comassetto e Mario Manfro foram eleitos, em chapa única, respectivamente, para
os cargos de Presidente, 1º e 2º Vice-Presidentes, 1º, 2º e 3º Secretários da
Mesa Diretora para a Quarta Sessão Legislativa Ordinária, por vinte e três
votos SIM e três votos NÃO, tendo votado Sim Airto Ferronato, Alberto Kopittke,
Antonio Matos, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado Cleiton, Dinho
do Grêmio, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mendes Ribeiro,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra, Titi Alvares e Waldir Canal e votado Não Fernanda Melchionna, Marcelo
Sgarbossa e Prof. Alex Fraga. Após, Cassio Trogildo pronunciou-se acerca de sua
eleição. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e dezoito minutos às
quinze horas e vinte e quatro minutos. A seguir, foram apregoadas as seguintes
Emendas ao Projeto de Lei do Executivo nº 006/14 (Processo nº 0279/14): nos 01, 04, 05, 06 e 07, assinada por Antonio
Matos, Marcelo Sgarbossa, Séfora Gomes Mota, Cassio Trogildo, Dr. Goulart,
Clàudio Janta e Delegado Cleiton; nº 02, assinada por Prof. Alex Fraga e João
Ezequiel; nº 03, assinada por João Carlos Nedel; nº 08, assinada por Fernanda
Melchionna e Prof. Alex Fraga; nº 09, assinada por Mônica Leal; e nº 10,
assinada por Kevin Krieger. Em Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 191/14 (Processo nº 2046/14). Foi rejeitado o Substitutivo nº 01
aposto ao Projeto de Lei do Legislativo nº 191/14, por cinco votos SIM e
quatorze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Paulo Brum, tendo votado
Sim Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Prof. Alex Fraga
e Sofia Cavedon e votado Não Airto Ferronato, Cassio Trogildo, Dinho do Grêmio,
Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Reginaldo Pujol, Séfora
Gomes Mota e Tarciso Flecha Negra. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 191/14, por quatorze votos SIM, dois votos NÃO e três ABSTENÇÕES, em votação
nominal solicitada por Fernanda Melchionna, tendo votado Sim Airto Ferronato,
Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Reginaldo Pujol, Séfora Gomes Mota e Titi Alvares, votado Não
Fernanda Melchionna e Marcelo Sgarbossa e optado pela Abstenção Antonio Matos,
Delegado Cleiton e Waldir Canal. Após, foi aprovado Requerimento de autoria de
Kevin Krieger, solicitando o adiamento da discussão, por uma sessão, do Projeto
de Lei do Executivo nº 006/14 (Processo nº 0279/14). Em Votação, foi aprovada a
Indicação nº 060/14 (Processo nº 2683/14), por dezessete votos SIM, um voto NÃO
e três ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação por Marcelo Sgarbossa e
Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada por João Carlos Nedel, tendo
votado Sim Airto Ferronato, Antonio Matos, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio,
Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Marcelo
Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Reginaldo
Pujol, Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Titi Alvares e Waldir Canal, votado
Não João Carlos Nedel e optado pela Abstenção João Bosco Vaz, Kevin Krieger e
Mario Manfro. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do
Executivo nº 027/15 (Processo nº 2104/15), após ser discutido por Sofia
Cavedon, Dr. Goulart, Mendes Ribeiro, Kevin Krieger, Titi Alvares, Elizandro
Sabino, Delegado Cleiton e Marcelo Sgarbossa. Na ocasião, foram apregoadas as
Emendas nos 01 e 02, assinadas por Delegado Cleiton, ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 027/15. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 1386/15, do
Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 043/15 (Processo nº
2822/15). Também, foi apregoada a Emenda nº 03, assinada por Cassio Trogildo,
ao Projeto de Lei do Legislativo nº 027/15. Foram aprovadas as Emendas nos
01, 02 e 03 apostas ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 027/15. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 027/15. Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Reginaldo
Pujol, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na
priorização da Ordem do Dia. Em Votação, foram aprovadas as Indicações nos
045 e 042/15 (Processos nos 2649 e 2281/15, respectivamente). Às
dezesseis horas e vinte e oito minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, em verificação solicitada por Reginaldo Pujol, o Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia.
Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se Delegado Cleiton e Antonio Matos. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Tarciso Flecha Negra, Sofia Cavedon e
Kevin Krieger. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 029/15, de autoria de
Clàudio Janta, informando nos termos do art. 227, § 6º e 7º do Regimento, a sua
participação, nos dias primeiro e dois de dezembro do corrente, na reunião
ordinária do Conselho Nacional da Força Sindical, em Brasília – DF. Em PAUTA,
Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos
232 e 231/15, este discutido
por Márcio Bins Ely, e os Projetos de Resolução nos 047, 053 e 049/15, este discutido por
Sofia Cavedon; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Executivo nº 037/15. Durante a
sessão, Fernanda Melchionna, Marcelo Sgarbossa, Reginaldo Pujol e Delegado
Cleiton manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas
as presenças, neste Plenário, de Maurício Dziedriki, Deputado Estadual, Elói
Guimarães, Secretário Municipal de Administração, Fernando Ritter, Secretário
Municipal de Saúde, Luciano Marcantônio, Secretário Municipal de Direitos
Humanos, Carlos Siegle, Secretário Municipal de Governança, adjunto, Jorge
Cuty, Secretário Municipal de Saúde, substituto, Paulinho da Farmácia,
Vice-Presidente da Câmara Municipal de Gravataí, Gerson Luis, Presidente da
Câmara Municipal de Alvorada, José Francisco, vereador da Câmara Municipal de
Viamão, André Roberto Ghel, Vereador da Câmara Municipal de Forquetinha, Nelson
Martini, Presidente da Câmara Municipal de Cachoeirinha, Jorge Fagundes,
Vereador da Câmara Municipal de Glorinha, e Nilo Santos. Às dezessete horas e
doze minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para
sessão ordinária da próxima quarta-feira.
Os trabalhos foram presididos por Paulo Brum e secretariados por Paulinho
Motorista. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada,
será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Boa tarde, Sr.
Presidente, Ver. Paulo Brum; nosso Secretário, Ver. Paulinho Motorista; público
que nos assiste nas galerias e pela TV Câmara, especialmente, a comunidade que
se faz presente hoje. Vejo que muitos estão aqui para acompanhar a eleição da
Mesa. Quero dizer que, com muita honra, o nosso Partido, o PDT, irá indicar o
Ver. Delegado Cleiton para fazer parte da Mesa na condição de Vice-Presidente,
representando e dando sequência a um trabalho que ele vem fazendo junto à Mesa,
à altura da expectativa e dentro dos princípios que têm norteado as
administrações da Casa para o bem da Cidade e da coletividade, reforçando as
ações do Legislativo. Ele foi Vice-Presidente, agora é 1º Secretário; e retorna
na condição de Vice-Presidente.
Eu me inscrevo aqui para falar em Liderança do PDT,
porque está priorizado para ser votado hoje, e vejo aqui várias pessoas da
comunidade que estão acompanhando esse debate há alguns anos, desde 2012,
quando nós tivemos a formatação do primeiro rascunho a respeito do projeto de
lei que versa sobre os bairros. Nós temos alguns novos bairros que serão
criados, outros que serão divididos, outros que serão subtraídos, e essa é uma
pauta que diz respeito a toda a Cidade. Diz respeito a toda a Cidade, porque
ainda existe alguma confusão com relação ao acavalamento, digamos assim, um
termo mais didático relativo aos bairros que não têm uma delimitação e acabam
por confundir os carteiros. Às vezes, uma pessoa mora no bairro Santa Cecília,
recebe carta da Boa Vista, da Bela Vista, do Rio Branco. Então, quero dizer que
lá atrás, em 2012, quando nós dividimos esse debate nas oito regiões de
planejamento e foi apresentado um primeiro rascunho a respeito das sugestões,
naquela primeira etapa, a comunidade aqui, na Câmara Municipal, sugeriu 150
alterações naquela versão inicial do projeto. De posse daquelas contribuições,
que foram relevantes e significativas, mais uma vez, a Secretaria do
Planejamento e do Urbanismo fez um pente fino nas sugestões, fez um novo
encaminhamento absorvendo algumas daquelas sugestões e fez uma segunda rodada
nas oito regiões de planejamento. Findada essa segunda rodada, o projeto de lei
voltou para o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental, que se
reúne todas as terças-feiras ordinariamente na Secretaria do Planejamento, e
trouxe, então, um apanhado relativo ao ajuste daquele rascunho inicial, com as
150 contribuições, e mais uma segunda análise das comunidades representadas
pelas regiões de planejamento. O projeto, então, veio para a Câmara. Aqui, na
Câmara, nesta Legislatura, nós instituímos uma Comissão Especial para tratar
desse assunto, Comissão Especial dos Bairros, a qual tive a honra de presidir.
O Ver. Reginaldo Pujol foi o nosso Relator. Mais uma vez, organizamos oito
audiências públicas por região de planejamento. Foram mais oito rodadas
analisando bairro por bairro, como é a legislação e como fica o bairro com a
nova proposta. Tudo isso dividido em oito plenárias das oito regiões de
planejamento. Mais uma vez, a comunidade deu a sua contribuição. O projeto saiu
da Comissão Especial dos Bairros e foi para a CUTHAB; a CUTHAB, que é a Comissão de Urbanização, Transporte e
Habitação, que é a comissão afim na Casa com relação a esses temas de
estruturação e organização urbana, onde também tem assento o Vereador do PDT,
Delegado Cleiton. Esse processo já está completando, de tramitação,
praticamente quatro anos, e a CUTHAB entendeu fazer uma emenda – e protocolou
essa emenda –, porque a gente sabe que, apesar de todo esse debate, de toda
essa construção, existem algumas situações que vão ter que ser definidas no
voto, porque a comunidade não conseguiu chegar a um consenso. E quando a comunidade
não encontra consenso com relação à definição dos bairros, qual é a opção dos
técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo? Eles votam por manter a
legislação com a redação atual, vigente, porque não há consenso.
Quero trazer um exemplo aqui. O exemplo da Arena do
Grêmio. A Arena do Grêmio é aquele canto lá da ponta, próximo à ponte da
Rodovia do Parque. Hoje, conforme a legislação em vigência, aquela região faz
parte do bairro Humaitá, mas a comunidade que vive ali margeando a Av. Castelo
Branco, que é a comunidade da Vila Farrapos, entende que, como ali é uma
continuação, pois seguindo reto vai até o Grêmio, na paralela, que ficaria
junto à Vila Farrapos, tem que fazer parte do bairro da Vila Farrapos. E o
pessoal do Humaitá entende que não, que o Grêmio tem que fazer parte do bairro
Humaitá. Como é que nós vamos resolver? Só tem uma solução: resolver no voto,
porque não vai ser possível construir um consenso. As comunidades têm opiniões
divergentes.
A mesma coisa acontece ali com a comunidade do bairro
Cristal. A comunidade do bairro Cristal entende que o Pontal do Estaleiro já
faz parte do bairro Cristal, portanto faria parte da Região de Planejamento V,
que é a que abrange o bairro Cristal. Bom, a comunidade da Região de
Planejamento I entende que o Pontal do Estaleiro, por estar margeando o Guaíba
e por ser a continuação da Av. Praia de Belas, faz parte da Região de
Planejamento I, e nem a comunidade do Centro, nem a comunidade da Região Sul
abrem mão do Pontal do Estaleiro. O que nós vamos fazer? Ou a gente mantém a
legislação atual, ou faz uma emenda e aprova. Bom, o que acontece? Essa pauta
está se estendendo, e a gente não consegue vencer o debate.
Assim como em algumas regiões não se tem consenso
para definir os nomes de determinados bairros da Cidade, em outros, há
consenso. Existem regiões da Cidade que não têm denominação de bairro. Eu trago
aqui o exemplo da Pitinga. O que é a Pitinga? É uma região entre a Lomba do
Pinheiro e a Restinga – por isso, ficou Pitinga –, só que esse bairro não tem
uma denominação, é um território vazio; inclusive, para efeitos de censo do
IBGE e de estatística, não se tem uma denominação de bairro – também em alguns
outros clarões da Cidade nos faltam denominações de bairros. Para a Cidade,
para quem administra, para quem zela, para quem trabalha pelas políticas
públicas de construção de alternativas para várias questões, como saúde,
educação, segurança, a denominação do bairro é um formato de organização do
território urbano; por isso, a aprovação desse projeto é muito importante.
Sabedor de
toda essa situação que envolve algumas indefinições e alguns conflitos, e pelo
fato de que, na CUTHAB, o processo também não está conseguindo avançar, eu
protocolei Regime de Urgência para a votação desse projeto, pedi o art. 81,
porque acho que nós temos que enfrentar essa pauta, temos que resolver essa
etapa, encontrando consenso para o que não for possível. Aquilo para o que não
for possível encontrarmos consenso, se não conseguirmos construir a bom termo
uma alternativa de solução, solucionado estará, porque vai ter que ter uma
solução, a partir do enfrentamento da votação, e, numa próxima etapa, nós
vamos, individualmente, ou pontualmente, tentar enfrentar cada um dos bairros
onde não se chegou a um consenso, e encontrar uma solução mais próxima, entre
aspas, do ideal possível. Para concluir, em alguns casos nós não vamos ter
consenso, mas urge a necessidade da aprovação desse projeto. Por isso eu
agradeço ao Líder do Governo, Kevin Krieger, e que possamos priorizar e votar este
projeto ainda hoje. Pela atenção de todos, e pela paciência, muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Mônica Leal solicita Licença para Tratar
de Interesses Particulares no dia de hoje, 07 de dezembro de 2015. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Kevin Krieger está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde, cumprimento o Ver. Paulo Brum, Presidente desta Sessão;
Vereadores e Vereadoras; público que está presente, prestigiando a posse da
nova direção desta Casa, onde nós temos a indicação do nosso ex-Prefeito
Guilherme Socias Villela, que vai compor a nova Mesa Diretora na vice-presidência.
Também faço questão de falar, nesta tarde de hoje, que será importante para a
cidade de Porto Alegre, em que teremos, além da eleição da nova Mesa Diretora
desta Casa, a discussão de alguns projetos de lei do Governo, que são
importantes para os cidadãos. Teremos hoje o começo da discussão da lei dos
bairros, como falou o Ver. Márcio Bins Ely, que foi um dos coordenadores desse
processo, enquanto Secretário Municipal; depois também teremos projeto de lei
da gastronomia itinerante na nossa Cidade, onde foi feito um trabalho intenso
do Gabinete do Vice-Prefeito e toda a sua assessoria para a construção desta
lei, inclusive com audiência pública nesta Casa, conversando e articulando com
as áreas que tinham interesse neste projeto, tanto a Associação Portoalegrense
de Food Truck como também os sindicatos que poderiam vir a se sentir lesados
ou, de alguma forma, prejudicados. Foi feita toda uma costura, foi feita toda
uma articulação entre todas as partes e se chegou a um consenso a respeito da
importância da gastronomia itinerante na nossa Cidade que, inclusive, teve
apoio dos sindicatos que trabalharam conjuntamente. E nós tivemos, na última
sexta-feira, Ver. Cassio, algumas reuniões nesta Casa construindo uma última
emenda que estaremos protocolando agora em relação ao projeto da gastronomia
itinerante.
Estivemos
também com o Secretário Cleber, da SMIC, para fazer essa construção. O Ver.
Delegado Cleiton também teve um papel fundamental neste processo, porque já
havia apresentado um projeto de lei nesta área e, vendo que o Governo Municipal
também estava trabalhando na mesma linha, teve uma grande atitude na retirada
do seu projeto de lei, entendendo que este trabalho também era um trabalho do
Executivo Municipal, e estará também apresentando uma emenda neste projeto.
Então, hoje, nesta segunda-feira, dia 7, teremos
uma tarde importante para a Cidade, Ver. Paulo Brum, que preside esta Sessão,
em que faremos toda a discussão dos bairros da nossa Cidade, um trabalho
intenso também das nossas secretarias municipais, que trabalharam
incansavelmente visitando bairros, visitando as comunidades. E depois que o
projeto chegou nesta Casa, a CUTHAB, a nossa Comissão responsável, também fez
um grande trabalho reunindo as comunidades, e de lá surgiram algumas emendas
que, sem dúvida nenhuma, serão as emendas que terão o maior debate nesta tarde.
São projetos importantíssimos para a Cidade de Porto Alegre porque tratam da
vida e do dia a dia das pessoas, como a lei dos bairros e a lei da gastronomia
itinerante, que vão mexer com o empresariado e com as pessoas que buscam hoje
novos trabalhadores como os food trucks.
Então, quero aqui, Ver. Cecchim, parabenizar o nosso Vice-Prefeito, Sebastião
Melo, pelo trabalho que foi construído ao longo do último ano. Esse trabalho
não é dos últimos meses, foi muito trabalhado, muito discutido ao longo de
2015, junto com o Gabinete do Vice-Prefeito, para que a lei da gastronomia
itinerante chegasse nesta Casa. Então, leve o nosso abraço, o nosso respeito ao
Vice-Prefeito por essa construção. Porque é muito melhor quando um projeto
chega nesta Casa depois de muita discussão e muito debate com as partes
interessadas. Muito obrigado, um grande abraço e boa tarde a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Minha saudação ao Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum;
à família petebista aqui presente na tarde deste dia, um abraço a todos.
(Palmas.) Meu agradecimento ao nosso Líder, Ver. Cassio Trogildo; (Palmas.)
Ver. Paulo Brum, Ver. Dr. Goulart, que me concedem a oportunidade de falar em
Liderança pelo PTB; aos nossos Vereadores presentes, militantes nesta Casa;
Ver. Goulart, que vem da SMIC para estar conosco, abrilhantando os trabalhos da
Casa e com quem tive a oportunidade de trabalhar no DEMHAB; por sua mão, assumi
a coordenação jurídica daquele órgão no período em que ele lá esteve como
Diretor; hoje, dividir com ele a bancada do PTB é motivo de orgulho e
contentamento. Meu forte abraço fraterno e minha consideração e respeito por V.
Exa., que é um exemplo de militância, de trabalho e de conquista nesta Casa.
Parabéns pelo trabalho.
Também quero destacar todos os colegas petebistas
que aqui estão que, presidindo os trabalhos da Casa hoje, está mais um
petebista, o Ver. Paulo Brum. Na quinta-feira passada, tivemos o Dia
Internacional das Pessoas com Deficiência, e o Ver. Paulo Brum é, não somente
no PTB, mas na cidade de Porto Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul – falo
no Estado do Rio Grande do Sul porque ele já foi Deputado – é uma referência
neste tema. Na quinta-feira, eu até ia fazer menção a isso, no momento do
Grande Expediente, mas, em virtude de um atendimento no gabinete, não foi
possível. Ver. Paulo Brum, V. Exa. também é um exemplo para todos nós, pela
garra, pelo trabalho que desenvolve. Não haveria dia melhor que hoje, tendo em
vista a presença dos nossos companheiros do PTB, para prestar esta homenagem a
Vossa Excelência. Tem um programa na TVCâmara, o “Trajetória”, que conta a
história dos Vereadores, e eu vi a sua história, quando, aqui, ao ar livre, no
pátio da Câmara, contou como ocorreu o acidente, ainda na sua juventude. De lá
para cá, tem trabalhado na militância no que diz respeito a pessoas com
deficiência, e muito nos enche de orgulho termos nos nossos quadros uma pessoa
com bandeira, uma pessoa que, efetivamente, tem um trabalho voltado não para
si, mas que, em si próprio, é um exemplo de quem busca a melhoria de vida
daqueles que estão passando por dificuldades e necessidades. Queremos, então,
nesta tarde, prestar a nossa justa homenagem ao Ver. Paulo Brum, nosso
companheiro do PTB. (Palmas.)
Também queremos registrar a presença do Deputado
Maurício Dziedricki. (Palmas.) Eu tive a felicidade de trabalhar para o
Maurício na campanha de 2008 para Vereador e me diziam naquela eleição: Ver.
Elizandro, você tem que ser candidato; seu pai não é candidato, desta vez é
você. E eu tinha uma convicção formada de que aquela eleição era de apoio ao
nosso então candidato Maurício, que já era Vereador, se elegeu no ano de 2004,
candidato à reeleição, e naquela eleição, Maurício foi o Vereador mais votado
da cidade de Porto Alegre, com 15.500 votos, uma votação linda, histórica, na
nossa Cidade. E eu sou feliz por fazer parte dessa história do nosso, hoje,
Deputado. Foi Deputado Federal, agora é Deputado Estadual eleito aqui na cidade
de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. Abraço, Maurício, prazer te
receber aqui. O Secretário Municipal da Administração, Elói Guimarães, está
conosco aqui na Casa; também o nosso Carlos Siegle. Quem é Carlos Siegle? Nenê,
o Secretário da Governança, está conosco aqui também; o Secretário Municipal da
Saúde, Fernando Ritter, enfim, nós temos hoje a representação aqui na Casa de
muitas lideranças, muitas pessoas que fazem parte da história do nosso Partido,
e, nas galerias, pessoas que compõem gabinetes de Deputados Estaduais,
gabinetes de Vereadores, que estão nos mais distintos órgãos da administração
pública, colegas, amigos, simpatizantes do nosso partido, nosso abraço a todos
vocês e a nossa alegria em estarmos aqui neste momento fraterno. Um abraço a
todos os colegas Vereadores, um fraterno abraço a todos e a minha alegria em
poder recepcioná-los e saudá-los na tarde deste dia. Muito obrigado, senhores.
(Palmas).
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Professor
Garcia solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 8 de dezembro de
2015 a 5 de fevereiro de 2016. Os Suplentes, Ver. Lindomar Antonio Possa e o
Ver. André de Oliveira Carús, declaram-se impedidos de assumirem a Vereança.
Gostaria de registrar e saudar a presença do Deputado Estadual Maurício
Dziedricki, Presidente do PTB de Porto Alegre; do Sr. Elói Guimarães,
Secretário Municipal de Administração; do Sr. Fernando Ritter, Secretário
Municipal de Saúde; do Sr. Luciano Marcantônio, Secretário Municipal de
Direitos Humanos; do Sr. Carlos Siegle, Secretário Municipal de Governança,
adjunto; do Sr. Jorge Cuty, Secretário Municipal de Saúde, substituto; do Ver.
Paulinho da Farmácia, Vice-Presidente da Câmara de Vereadores de Gravataí.
Sejam todos bem-vindos.
O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
uma saudação especial à militância do PTB, que aqui está. Eu acho isso uma
demonstração de prestígio, de reconhecimento e de valorização do futuro
Presidente da Casa, que é o Ver. Cassio Trogildo.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Essa saudação e esse reconhecimento da militância do PTB pode servir de
exemplo a todas as militâncias, para que deem prestígio e apoio aos seus
líderes. Oxalá, Ver. Cassio Trogildo, todos nós, políticos, tivéssemos esse
apoio, essa segurança de, ao chegar no posto mais alto da Câmara de Vereadores,
ter, junto, a verdadeira militância que V. Exa. sempre teve. (Palmas.)
Hoje, além da alegria de receber a todos vocês
aqui, nós temos várias outras alegrias que estão acontecendo pela América
Latina afora: na semana passada, perdeu a eleição aquele pessoal da Argentina
que apoiava os “bolivarianos” aqui do Brasil; e ontem os “chefes bolivarianos”
perderam a eleição na Venezuela. Isso é um bom sinal, um bom presságio para a
América Latina, qual seja, que esses projetos populistas estão indo para o
buraco. Ninguém mais aguenta a incompetência, a ditadura populista. Nós
queremos fazer e ter governos que realmente façam aquilo que o povo pede para
fazer, que tem o desejo de que seja feito; que seja possível de ser feito para
todos, e não para alguns amigos do rei. Oxalá todos os governos da América
Latina, inclusive o do Brasil, sejam, doravante, desta maneira. Com a
Presidente Dilma ou sem a Presidente Dilma no próximo governo, em outros
governos, que sejam respeitadas a democracia e as instituições; mas que seja
respeitada, principalmente, a população. O povo brasileiro está ansioso para
ter novos destinos, novos dias. Que tenhamos todos nós, novamente, o
desenvolvimento, a seriedade e o respeito às pessoas e às instituições. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Quero registrar a presença do Ver. Gerson Luis,
Presidente da Câmara Municipal de Alvorada; do Sr. José Francisco, o Kiko,
Vereador de Viamão; do Sr. André Roberto Ghel, Vereador de Forquetinha; do Sr.
Nelson Martini, Presidente da Câmara Municipal de Cachoeirinha; do Ver. Nilo
Santos; do Sr. Jorge Fagundes, Vereador de Glorinha.
O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caro Presidente, Ver. Paulo Brum; todos os colegas aqui presentes; em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores – Ver. Antonio Matos, Ver.ª Sofia
Cavedon, Ver. Marcelo Sgarbossa, Ver. Engº Comassetto, que está licenciado no
dia de hoje, mas está aqui presente –, eu gostaria de começar saudando, no nome
do Deputado Maurício Dziedricki, a todos os militantes do Partido Trabalhista
Brasileiro que se fazem presentes nesta Casa. Saúdo também o Ver. Cassio
Trogildo, indicado pelo seu partido para assumir a presidência desta Câmara.
Nós passamos por dias muito conturbados, dias, Ver. Cassio e Deputado Maurício
Dziedricki, que o PTB conhece muito bem e que, aliás, enfrentou em muitas vezes
na sua história, dias como os de hoje. Foi assim que o seu maior líder, Getúlio
Vargas, criador do Partido Trabalhista Brasileiro, foi levado ao suicídio, por
um golpe das forças conservadoras do Brasil. Foi assim, dessa forma também, que
em 1961 o PTB sofreu uma nova tentativa de golpe, quando da posse do
Vice-Presidente eleito democraticamente pelo povo, João Goulart, bravamente
resistida pelo povo gaúcho, que em armas pegou para defender a legalidade
democrática e a Constituição de 1946. Naquele momento, este movimento, liderado
pelo PTB, tomou corpo no País e impediu que essas forças dessem o golpe. Mas
não se teve o mesmo sucesso três anos depois, quando essas mesmas forças
rasgaram a Constituição e derrubaram o segundo grande líder da história do PTB,
o Presidente João Goulart, por armas também, assim como já haviam feito com
Getúlio Vargas.
Hoje nos encontramos na mesma quadra histórica,
diante das mesmas questões: se vamos manter a Constituição, ou se vamos
rasgá-la e, mais uma vez, assistir a este País sofrer um golpe, seja por qual
via for. O que se passa hoje no Brasil, Ver. Idenir Cecchim – a quem eu
respeitosamente nomeio porque fez menção à Venezuela e à Argentina –, que a
oposição brasileira siga o bom exemplo da oposição da Venezuela e da Argentina
e espere as eleições, porque o voto é soberano, o voto que cada um aqui
registrou, em outubro do ano passado, é sagrado, é o que nós temos de maior
nesta Nação, e é o que algumas forças, ao longo da história do Brasil, não
respeitam e tentam derrubar. Aqui não se trata de apoio à Presidente Dilma, se
trata de respeito à Constituição de 1988, porque o que embasou o pedido de impeachment
não tem absolutamente nenhum fundamento jurídico. Não tem absolutamente nenhuma
base legal, até porque, nem julgado foi pelo Congresso Nacional, caro Matos.
Mas a história nos coloca sempre esses desafios, nós sempre costumamos enxergar
o passado com mais clareza, e no presente as posições algumas vezes não são tão
claras assim, porque o mesmo cerco que Getúlio sofreu e que Jango sofreu, nós
vemos hoje no Brasil, não contra os problemas que o PT tenha, e teve muitos, e
nos envergonham. O que faz essa coalizão golpista se reunir novamente são os
avanços populares, o avanço do salário mínimo, como Getúlio fez com a CLT, como
Dilma fez com o direito das empregadas domésticas, como as quotas, como as
universidades públicas que Getúlio fez. É isso que essa oposição conservadora
do Brasil não tolera. E eu espero que cada um aqui possa fazer uma reflexão não
de cunho ideológico, mas democrático: se vamos partir para um regime na disputa
da força, ou se vamos respeitar a legalidade e a soberania do voto, é isso o
que está em jogo. É por isso que o resultado da Venezuela hoje é reconhecido,
porque a oposição derrotou o Governo Maduro, porque os Kirchner – que aliás,
fizeram uma reforma de inclusão – foram legitimamente derrotados pela
democracia e não pelo golpe. Então acho que é um momento realmente importante,
Ver. Paulo Brum, porque falar da história é simples, mas algumas vezes nós
temos que nos decidir no presente se estamos ao lado da legalidade, mais uma
vez, em 2015, como Brizola teve em 1961, como Getúlio teve, em 1957, ou se
vamos desrespeitar a Constituição e passar para o regime da força novamente
neste País. Muito obrigado, Presidente, e minha saudação ao Ver. Cassio por sua
ascendência na Presidência de nossa Casa. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. KEVIN
KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem dos
trabalhos passando, imediatamente, à Ordem do Dia. Após retornaremos à ordem
normal.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum – às 15h03min): Havendo quórum, passamos à
O SR. KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que se vote imediatamente a composição da Mesa
Diretora de 2016. Após seguiremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Kevin
Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
Estão suspensos os
trabalhos para ultimarmos as indicações para eleição da nova Mesa Diretora.
(Suspendem-se os
trabalhos às 15h04min.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 15h06min): Estão reabertos os trabalhos.
Conforme acordo
político-administrativo formado para a Legislatura do ano de 2016, passamos à
eleição dos cargos da Mesa Diretora.
Apregoo a composição
da chapa apresentada para eleição da Mesa Diretora: Presidente, Ver. Cassio
Trogildo; 1º Vice-Presidente, Ver. Guilherme
Socias Villela; 2º Vice-Presidente, Ver. Delegado Cleiton; 1º
Secretário, Ver. Paulo Brum; 2º Secretário, Ver. Engº Comassetto e 3º Secretário, Ver. Mario Manfro.
Em votação nominal a
nova composição da Mesa Diretora para a Legislatura do ano de 2016. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por
23 votos SIM e 03 votos NÃO.
O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra.
O SR. CASSIO
TROGILDO: Sr. Presidente dos trabalhos desta Casa na tarde de hoje, Ver. Paulo
Brum; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; público que nos acompanha aqui nas
galerias nesta tarde memorável na Câmara Municipal de Vereadores, eu gostaria
de agradecer aos nobres colegas Vereadores e Vereadoras, em especial à bancada
do meu partido, pela indicação na composição deste grande acordo que se faz no
início de cada Legislatura. Para o ano de 2016, cabe a presidência deste
Legislativo ao nosso partido, o PTB, e fui indicado para que pudesse representar
o meu partido, o que muito me honra e também a todos vocês que se fazem
presentes nesta tarde.
Eu recebi de uma colega ontem, domingo, durante o
nosso trabalho pelas comunidades de Porto Alegre, um vídeo do Dr. António
Nóvoa, um professor português, em que ele coloca que no Tratado da Gratidão de
Santo Tomás de Aquino, existem três níveis de gratidão: um nível, o mais
superficial; um outro nível, o intermediário, e um terceiro nível, o mais
profundo. O nível mais superficial é o nível do reconhecimento intelectual, o
nível cerebral, o nível cognitivo do reconhecimento. O segundo nível é o do
agradecimento, o de dar graças a alguém por aquilo que esse alguém fez por nós.
O terceiro nível, o mais profundo do agradecimento, é o nível em que nos
sentimos vinculados e comprometidos com as pessoas. De acordo com o Professor
Antônio, verificamos que, nas línguas inglesa e alemã, se agradece no nível
mais superficial da gratidão, pois dizemos thank
you e danke. Estamos a agradecer
no plano intelectual. Na maior parte das outras línguas europeias, agradecemos
no nível intermediário da gratidão. Ao dizermos merci, em francês, queremos dizer dar uma mercê, uma graça. Estou
lhe dando uma mercê, estou grato a você, dou-lhe uma mercê por aquilo que me
trouxe, por aquilo que me deu. Ou gracia,
em espanhol; ou grazie, em italiano.
Dou-lhe uma graça por aquilo que me deu, e é nesse sentido que eu agradeço. Mas
é somente em português que se agradece com o terceiro nível, o nível mais
profundo do tratado da gratidão. Nós dizemos obrigado, e obrigado quer dizer
isto mesmo: fico obrigado por vocês; fico obrigado perante vós, fico vinculado
perante vós, fico comprometido a um diálogo, agradecendo o vosso convite, a
vossa atenção. Fico obrigado, vinculado a continuar esse diálogo e poder
contribuir, na medida do possível, nas minhas possibilidades, para os vossos
projetos, para os vossos trabalhos, para as vossas reflexões, para os vossos
diálogos. E é nesse preciso sentido que eu digo a todos vocês, no terceiro
nível, no mais profundo tratado da gratidão: muito, muito, muito obrigado!
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Estão suspensos os
trabalhos para os cumprimentos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h18min.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 15h24min): Estão reabertos os trabalhos.
Apregoo a Emenda nº
01, de autoria de vários Vereadores, ao PLE nº 006/14.
Apregoo a Emenda nº
02, de autoria do Ver. Prof. Alex Fraga, ao PLE nº 006/14.
Apregoo a Emenda nº
03, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, ao PLE nº 006/14.
Apregoo as Emendas nº
04, nº 05, nº 06 e nº 07, de autoria de vários Vereadores, ao PLE nº 006/14.
Apregoo a Emenda nº
08, de autoria da Ver.ª Fernanda Melchionna, ao PLE nº 006/14.
Apregoo a Emenda nº
09, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, ao PLE nº 006/14.
Apregoo a Emenda nº
10, de autoria do Ver. Kevin Krieger, ao PLE nº 006/14.
PROC. Nº 2046/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 191/14,
de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Cônego Aleixo o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua 5105 – Loteamento Portal do
Guarujá 2 –, localizado no Bairro Guarujá. Com
Substitutivo nº 01 de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Substitutivo nº 01;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Carlos Casartelli: pela aprovação do Projeto e
pela rejeição do Substitutivo nº 01;
-
da CECE. Relator Ver. Dinho do Grêmio: pela aprovação do Projeto e pela
rejeição do Substitutivo nº 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 01-07-15;
- votação do Substitutivo nº 01 Nula por falta de
quórum em 03-12-15.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação nominal,
solicitada por esta Presidência, o Substitutivo nº 01 ao PLL nº 191/14.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO
por 05 votos SIM e 14 votos NÃO.
Em votação nominal,
solicitada pela Ver.ª Fernanda Melchionna, o PLL nº 191/14. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 14
votos SIM, 02 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente,
apenas como justificativa de voto, nossa bancada não tem nada contra o Padre
que é reverenciado, homenageado com o nome de rua. Mas o único morador da rua
mostrou sua contrariedade com esse nome e pediu que nós fizéssemos outro
projeto de lei, que foi o substitutivo de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa.
Então, por uma questão democrática, nós votamos contra.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): A senhora
encaminhe por escrito, por favor, Vereadora.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, me
somando à declaração da Ver.ª Fernanda, do PSOL, na mesma linha, nada contra o
nome do Cônego Aleixo, mas pela discordância em não acolher a indicação de
apenas um morador.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Perfeito,
Vereador. O senhor faça a declaração por escrito, por favor.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, acho
que tem que suspender a Sessão, porque está um tumulto e ninguém se entende.
O SR.
KEVIN KRIEGER (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro o adiamento
da discussão do PLE nº 006/14 por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Kevin Krieger. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
IND. Nº 060/14 – (Proc. nº 2683/14 – Ver.
Marcelo Sgarbossa) – ao
Executivo Municipal, que sugere a criação de um Grupo de Estudo, no âmbito dos
Poderes Executivo e Legislativo, com a participação dos Agentes de
Fiscalização, visando a possibilidade de apresentação de uma proposta de lei a
fim de autorizar a transposição do regime celetista para o estatutário para os
Agentes de Fiscalização de Trânsito da Empresa Pública de Transporte e
Circulação (EPTC), com prazo de 180 dias para término dos trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a
Indicação nº 060/14 (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a
palavra para encaminhar a votação da Indicação nº 060/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas, eu quero aqui, de imediato, fazer uma
saudação aos agentes da fiscalização que estão aqui, que estão acompanhando
esta Sessão e que já no ano passado nos procuraram através do Sintran. Está
aqui o Silveira, e, em nome dele saúdo a todos e todas que estão aqui. Estamos
aqui justamente para votar uma Indicação ao Executivo – uma Indicação é votada
em plenário –, e quero aqui fazer um agradecimento ao Professor Garcia, que não
está aqui conosco, está num processo intenso, e esperamos que ele volte logo
para estar aqui conosco, pois foi numa conversa com ele, então Presidente desta
Casa, que ele nos sugeriu alterarmos essa Indicação. Por quê? Porque,
inicialmente, a proposta era que o Executivo encaminhasse uma normativa que
tratasse da possibilidade da transposição de regime celetista para estatutário,
mas o Professor Garcia nos deu uma belíssima sugestão, qual seja, de
transformarmos essa Indicação num pedido para que se criasse um grupo paritário
para estudar essa possibilidade. Então, constou aqui na Indicação ao Executivo
Municipal, a criação de um grupo de estudos, no âmbito do Executivo e
Legislativo, com a participação dos agentes de fiscalização, visando a possibilidade
de apresentação de uma proposta de lei, a fim de autorizar a transposição do
regime celetista para estatutário para os agentes de fiscalização da EPTC, com
prazo de 180 dias para o término dos trabalhos. O que tem aqui, de fundo, Sr.
Presidente, agente que nos assistem é a questão da valorização profissional. Eu
quero aqui lembrar que nós já temos mais de uma década de atuação da EPTC, mas
o que a EPTC faz hoje era, anteriormente, atribuído à Brigada Militar. E não
era à toa! A função de fiscalização, ou seja, o sujeito ser flagrado cometendo
alguma irregularidade no trânsito é um momento de muito estresse, porque o
sujeito nunca acha que está errado. Eu sou um que cobro, seguidamente, da EPTC
rigor na fiscalização; não arbítrio, logicamente, mas, dentro da lei, rigor na
fiscalização.
Eu não quero aqui entrar numa discussão jurídica. O
Sintran me encaminhou uma série de documentos e estudos que mostram que, em
algumas cidades, já houve mudança na legislação visando à transposição, ou à
questão da aposentadoria. Eu não entraria aqui, no um minuto e trinta que me
resta, numa discussão jurídica. Nós estamos aqui, Ver. Kevin Krieger, Líder do
Governo, que eu espero que oriente a sua bancada a dar acordo para esta
indicação, justamente para que estudemos a possibilidade da transposição. Eu
quero lembrar que pode, inclusive, resultar na impossibilidade jurídica, mas
nós queremos fazer a ressalva: que essa comissão, esse grupo de trabalho, esse
grupo de estudos seja paritário. Não queremos simplesmente que, lá no final dos
180 dias, se apresente uma proposta não trazendo, digamos, os argumentos pró e
contra de cada uma das situações – ou a manutenção do regime celetista, ou a
transposição para o regime estatutário.
E as outras questões que envolvem essa transposição
também precisam ser estudadas. Eu, sempre que conversei com o Sintran, coloquei
a questão de que isso não necessariamente implica um aumento de despesas, uma
questão de aposentadoria, ou uma questão previdenciária. Nós estamos aqui
lutando por um valor que me parece extremamente importante para a sociedade,
para os agentes de fiscalização, mas, ao fim e ao cabo, para a sociedade que é
ter um agente público que possa atuar livremente sem o receio – com a
fragilidade da nossa CLT – de gerar uma justa causa para demissão. Então, o que
se quer aqui preservar, o que está em discussão é uma livre atuação, Ver.
Pujol, desse agente público. É isso. Estamos encaminhando... Eu não quero dizer
“uma mera” para não desqualificar, mas é isso; estamos indicando ao Executivo a
criação de um grupo de estudos paritário para verificar essa possibilidade. Aí
poderemos confrontar, mais adiante, os argumentos pró e contra. É uma categoria
que está constitucionalizada, acho que isso também tem um reflexo, tem que se olhar
com um outro olhar. Quando se alega a Constituição, é preciso olhar a
constituição das emendas mais recentes e que constitucionalizaram essa função.
Então mostra o quão importante ela se torna na nossa boa mobilidade da Cidade e
em toda uma esfera de convivência, que é a rua, que são os espaços públicos, e
que tanto a EPTC tem contribuído. É um pedido, não acredito que haverá votos
contrários, porque estamos aqui abrindo um espaço para a criação desse estudo.
Quero cumprimentar os Vereadores que votarem a favor e os agentes de
fiscalização que merecem, sim, reconhecimento e respaldo nas suas ações que
visam sempre ao bem público. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação da Indicação nº 060/14.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, a Indicação proposta pelo Ver. Sgarbossa ao Executivo Municipal,
que sugere a criação de um grupo de estudo, no âmbito dos Poderes Executivo e
Legislativo, com a participação dos Agentes de Fiscalização, visando a
possibilidade de apresentação de uma proposta de lei a fim de autorizar a
transposição do regime celetista para o estatutário para os Agentes de
Fiscalização de Trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC,
está muito bem escrita, muito bem proposta. Está dentro, inclusive, do sentido
da indicação. A indicação é uma manifestação política da Casa, dirigida ao
Prefeito, possibilitando a ele a alternativa de realizar ou deixar de realizar
determinado ato. O que necessitaria aqui ser autorizado era a constituição
desse grupo de estudo, que, como muito bem fala o proponente, poderia até
chegar a uma conclusão diversa daquela que se imagina possível, porque isso não
é um assunto tão simples assim, que possamos, numa penada, resolver. Então,
cautelosamente, o Ver. Sgarbossa, diferentemente de outras vezes, escreveu a
coisa certa e da maneira adequada. Essa é a forma de ser encaminhada. Se o
exame entender que a figura da transposição não existe mais no direito
brasileiro, se o exame entender que isso é muito complicado, porque vai ter que
ser transformada inclusive a EPTC, que hoje é uma empresa, numa autarquia ou
algo semelhante, esse é outro departamento, esse é o mérito. Não podemos nos
antecipar e dizer de antemão: “Estou de acordo ou sou contrário”. Nem uma, nem
outra. Temos que dizer: “Estou de acordo com a proposta, com a proposição de
encaminhar um estudo para o Prefeito”, e ele, com seus assessores, vai decidir da
conveniência de constituir esse grupo de estudos, inclusive com a presença de
agentes da fiscalização para, no conjunto, depois de debatido e examinado,
chegar a uma ou outra conclusão, mas enfrentando o assunto. Repito: a indicação
é, sobremaneira, uma proposta política da Câmara de Vereadores, que oferece,
autoriza por antecipação, ao chefe do Poder Executivo, agir de determinada
maneira se assim julgar conveniente. Por isso, Ver. Sgarbossa, posso até me
surpreender, mas meu voto é favorável à sua indicação para que ela prospere e
atinja seus objetivos da forma correta com que V. Exa. propôs. Meus
cumprimentos. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, a Indicação nº 060/14. (Pausa.) (Após
a apuração nominal.) APROVADA por 17 votos SIM, 01 voto NÃO e 03 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 2104/15 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 027/15, que
altera o inc. I do § 2º do art. 11, o inc. I do art. 15, insere o § 4º no art.
18, a Seção VII e os art. 38-A à 38-F no Capítulo III, a Seção VIII e o art.
38-G, no Capítulo III e inclui a Seção III e os art. 52-A ao 52-C no Capítulo V
tudo na Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de 2008, que consolida, no Município
de Porto Alegre, a legislação que dispõe sobre o comércio ambulante e a
prestação de serviços ambulantes nas vias e nos logradouros públicos, sobre a
publicidade nos equipamentos desse comércio e dessa prestação de serviços,
dispondo sobre o comércio ambulante em veículos na modalidade Gastronomia
Itinerante.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 23-11-15 por força do
art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLE nº
027/15. (Pausa.)
Apregoo as Emendas nº
01 e nº 02, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, ao PLE nº 027/15.
A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLE nº 027/15.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu quero, aqui,
falando deste tema, acrescentar uma dimensão, cumprimentando nossos colegas
“azuizinhos”: sabemos que o que aprovamos é um estudo, há necessidade de o
Governo estudar melhor a função de vocês, que é uma função que devia, de fato,
ser preenchida por concursados, ser estatutária, e vocês deveriam ter todos os
direitos que os outros funcionários públicos têm. A gente apoia nesse sentido,
quem sabe esse grupo de trabalho constrói um novo patamar de dignidade, de
respeito e de profissionalização aos nossos colegas “azuizinhos”. Parabéns pela
sua luta! Nós votamos a favor para que o Governo se debruce mais, mas com
espaço de diálogo da categoria; não pode ser algo que não tenha participação da
categoria.
De outro lado, sobre
o projeto que agora está em pauta, dos food
trucks, eu quero dizer que a nossa Cidade é mais bonita, é mais
democrática, está mais inclusiva, mais construtora de uso do espaço público, de
ocupação saudável, sadia, de acesso a uma alimentação de qualidade em função
desta movimentação, desta mobilização das feiras e das alternativas de
alimentação nos espaços da Cidade. Então, nós temos acordo que se regulamente.
Eu vim a esta tribuna
mais para chamar a atenção sobre dois aspectos. De um lado, nós temos assistido
não no caso do food truck, mas de
outras situações de cedência de espaço público, já recebi denúncia de
realizações de feiras em áreas públicas, onde o organizador cobra uma taxa e
acaba quase privatizando áreas públicas. A gente sabe que o food truck
não é em áreas públicas só, é em qualquer área, na construção, tenho visto tem
estacionamentos, tenho visto em vários espaços onde a cidadania se organiza, se
instala e surpreende os porto-alegrenses. Nós não queremos é que haja – e que
para isso é importante uma regulamentação, uma fiscalização – uma
comercialização, uma apropriação privada do espaço público, como infelizmente
em algumas feiras nós estamos assistindo.
Mas eu quero falar é
na positiva. Fui procurada por pessoas, cidadãos, cidadãs da economia solidária
ou de iniciativas individuais, que começaram a fazer esse mesmo movimento, só
que de bicicleta. Estava propondo que nós pudéssemos incluir nesse projeto de
lei a bike food, mas como não há
acúmulo de debate, acho que a gente fica no desafio de dialogar com a SMIC, com
os movimentos. Porque várias pessoas de bicicleta já participam de feiras,
porque poluem menos, levam seu alimento artesanal e que também precisam de um
olhar do Governo, de uma regulamentação. Então, quero fechar a minha fala
dizendo que organizarei as mulheres, e são mulheres que de bicicleta têm levado
o seu alimento, que ainda não têm um espaço, Ver. Goulart. Acho que procuraram
a SMIC, sim, ou pelo menos me disseram que procuraram, mas, enfim, acho que são
muito poucas, é um movimento pequeno, mas é bonito dar uma olhada, porque a
Cidade recebendo feiras ecológicas, água ecológica, bicicleta, as formas
alternativas de estar e conviver em espaços sem poluir, é uma Cidade mais
bonita, é uma Cidade mais inclusiva, é uma Cidade mais feliz.
Então, que seja
bem-vindo o projeto e que prosperem essas iniciativas que são cidadãs e que
rompem com os territórios pré-concebidos e fazem uma Cidade muito mais
criativa. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Dr.
Goulart está com a palavra para discutir o PLE nº 027/15.
O SR. DR. GOULART: Meu querido amigo
Paulo Brum, nosso Presidente; minhas queridas Vereadoras; Srs. Vereadores; a
minha presença nesta tribuna é vir rogar aos nossos colegas que votem hoje a
liberação dos food trucks. Até posso
pedir isso, porque estive envolvido bastante. Houve acúmulos de informações,
como diz a Ver.ª Sofia Cavedon, e nós conseguimos fazer uma liberação, quando
na SMIC, para que tivéssemos coleta de informações. Então, muitos ganharam uma
licença temporária para que a gente tivesse uma experiência in natura de como isso aconteceria – e
foi bom. Trata-se de um grupo que trabalha com comida tipo à la chef em caminhões, onde o povo pode
chegar com mais facilidade a comidas, o que, em grandes restaurantes, não seria
possível. Foi estudado bastante, tivemos bastante discussão a respeito disso e
acho que está maduro, depois da audiência pública que tivemos nesta Casa
também, este tipo de comércio novo, ambulante, que vai trazer uma prosperidade
enorme para Porto Alegre. Isso já é bom em Paris, isso é bom em Nova Iorque e
em todas as outras grandes capitais; em São Paulo e no Rio de Janeiro também.
Quero agradecer o
Ver. Delegado Cleiton que tirou o substitutivo dele, uma vez que nós já
tínhamos discutido o processo do Executivo com os vendedores, com os comerciantes
de food truck. Acho que é o momento
de levarmos Porto Alegre mais uma vez ao desenvolvimento com as comidas belas
vendidas e a experiência tem sido muito boa, tanto indoor, tanto dentro de terrenos, quanto em via pública. Voto pelo food truck, pois estudamos bastante
quando na época da SMIC. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Mendes Ribeiro está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
O SR. MENDES
RIBEIRO: Presidente Brum; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; público que nos
acompanha aqui nas galerias, subo a esta tribuna para saudar o projeto de lei
que regulamenta os food trucks aqui
em Porto Alegre. Entendo que a construção desse projeto, feita de forma
conjunta entre Executivo, Legislativo e a cadeia dos food trucks, é um marco para a nossa Cidade. Porto Alegre mostra-se
capaz de adequar-se às novas demandas de uma sociedade moderna sem se esquecer
de garantir os direitos dos ambulantes e dos tradicionais comércios dos bares e
restaurantes.
O tema foi debatido exaustivamente pela CCJ, teve
audiência pública, o engajamento de diversas Secretarias tais como Saúde, SMIC,
EPTC, Gabinete do Prefeito, Vice-Prefeito e, claro, de nós, Vereadores, que
tivemos papel fundamental nesse projeto. Enfim, quero dizer que, com os food trucks, ganha toda a cadeia, ganha
o pequeno empresário, ganha a Cidade e, principalmente, ganha a população uma
opção de gastronomia e lazer na nossa capital. Acho que Porto Alegre tem que
incentivar cada vez mais o empreendedor, porque o empreendedor gera renda gera
emprego, e é disso que nós precisamos hoje em dia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde. Quero cumprimentar o Presidente desta Sessão, o Ver. Paulo
Brum; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; pessoas que estão aqui conosco. Quero
cumprimentá-lo, Ver. Pablo. Acho que é importante essa manifestação em relação
a todo o trabalho que foi desenvolvido ao longo do ano no Gabinete do
Vice-Prefeito, com toda sua assessoria, com a Secretaria da Indústria e
Comércio e todas as Secretarias envolvidas nesse processo.
Eu queria, Ver. Mario Manfro, salientar o debate
que foi feito da Associação Portoalegrense de Food Trucks e do Sindicatos dos Bares, Restaurantes e Afins, que sentaram numa mesa
e conseguiram construir consensos, na sua maioria. Hoje em dia, nós, que
estamos vivendo, neste plenário, Ver.ª Lourdes, nos últimos dias e nas últimas
semanas, debates acalorados, em que, se tu não concordas com uma posição, és
transformado em algo que não é bom.
Então faço questão de
vir a esta tribuna salientar essa construção, não só do Governo Municipal, mas,
principalmente, da associação e dos sindicatos, que, juntos, construíram uma
lei importante para a nossa Cidade. Os food
trucks chegaram do Exterior e precisavam de uma regulamentação. Tivemos
alguns incidentes, alguns dias atrás, mas que não comprometeram, de forma
nenhuma, a articulação e a construção que foram feitas ao longo do ano e,
também, na última semana, quando recebemos a associação e os sindicatos para
tratarmos de uma emenda que ainda estava precisando ter alguns detalhes
resolvidos – da mesma forma, Ver. Pablo, que foram resolvidos ao longo do ano.
Quero, mais uma vez,
parabenizar o nosso Governo Municipal, que conseguiu fazer essa articulação,
que nem sempre é fácil, mas é possível quando há o interesse de melhorar e
qualificar a nossa Cidade, trazendo mais empregos, pagando impostos e trazendo
novidades, como as que os food trucks
trazem. Quero parabenizar o Rafael, da associação, aqui presente, e o Sandro,
do Sindicato, pela construção e pela habilidade de cada um enxergar o lado do
outro. Também parabenizo a habilidade do Governo na construção desse processo.
Fiz questão de fazer
esta fala para todos os Vereadores de situação e de oposição entenderem que
este não é um projeto de Governo, mas um projeto construído entre Governo, empresários
e sociedade civil para uma melhor Cidade, para uma Cidade que tenha mais
emprego e fique mais moderna, que é importante também. Então o nosso
reconhecimento ao Sindicato, à Associação e ao Governo Municipal pelo trabalho
que fizeram juntos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Registro que o nosso Diretor Legislativo, Luiz
Afonso, está de aniversário. (Palmas.)
A Ver.ª Titi Alvares está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
A SRA. TITI
ALVARES: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria
parabenizar o Luiz Afonso que está de aniversário hoje. Boa tarde, público, que
nos acompanha aqui ou pela TV Câmara. Acho que a aprovação da regulamentação
dos food trucks aqui em Porto Alegre
foi um grande salto para a economia da nossa Cidade. E nesse sentido, eu queria
cumprimentar o grande esforço coletivo que foi feito para dar celeridade na
aprovação e na proposta de regulamentação dos food trucks aqui para Porto Alegre.
Eu acredito que representa um grande avanço, no
sentido de buscar uma economia mais criativa para a cidade de Porto Alegre, de
buscar formas alternativas de conseguir desenvolver a nossa Cidade, como a
gente precisa em tantas áreas dar um passo nesse sentido. Acho que, assim como
falou a Ver.ª Sofia, a gente conseguir, inclusive, aperfeiçoar para que haja os
bike foods e outras formas, para que
possamos fazer com que a nossa população, cada vez mais, se enxergue como
possível empreendedora da nossa Cidade, trazendo coisas de fora, mas também
desenvolvendo a criatividade da nossa população para superar os antigos
problemas da economia de Porto Alegre. Assim como também acredito que os food trucks têm relação com a grande
onda que vivemos hoje, não só em Porto Alegre, mas em todo Brasil, com relação
à própria ocupação dos espaços públicos e com uma nova forma de
confraternização da nossa população. Então, não só estimular a regulação dos food trucks como também estimular cada
vez mais que eventos coletivos de participação e de ocupação das áreas públicas
da nossa Cidade possam acontecer, com a participação dos food trucks, mas também de outras formas, como por exemplo,
brechós, briques, reuniões culturais, enfim, várias outras formas que possam
estimular também a convivência mais barata, ocupando os espaços públicos da
nossa Cidade.
Então, queria realmente cumprimentar pelo grande
esforço que foi feito por vários segmentos, desde a associação dos food trucks, da Prefeitura, desta Casa e
daqueles que participam destes eventos públicos e privados que acontecem
através da economia criativa. O recado que eu gostaria de deixar é de que cada
vez mais precisamos dar passos no sentido de estimular o desenvolvimento de
novas formas da economia da nossa cidade de Porto Alegre, que é uma Cidade que
tem muita vocação para o setor de serviços, mas que ainda são tantos os
entraves para que eles se desenvolvam de forma a agregar valor a essas
atividades, como, por exemplo, a questão dos startups e várias outras maneiras para que se possa agregar
valor à economia, dos serviços da nossa Cidade, para que a gente consiga superar
antigos entraves ao seu desenvolvimento e à estagnação econômica que, há
bastante tempo, se encontra na cidade de Porto Alegre.
Então, parabéns, especialmente aqui à turma da
associação dos food trucks e a este
projeto que devemos aprovar logo mais para regulamentar essa importante
atividade econômica e também de sociabilidade da nossa Cidade. Obrigada.
(Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
O SR. ELIZANDRO
SABINO: Sr. Presidente, Ver. Paulo Brum; senhoras e senhores, a discussão deste
projeto passou pela Comissão de Constituição e Justiça, e o Ver. Mendes
Ribeiro, que há pouco subiu à tribuna para trazer a sua manifestação, foi um
dos protagonistas ali na nossa Comissão de Constituição e Justiça no que diz
respeito à construção do relatório pela existência ou não de óbice. Também
fizemos uma audiência pública para discutir este projeto. Trata-se de um
projeto que traz uma inovação, e tudo que, muitas vezes, inova tem uma certa
resistência, houve um debate bem acalorado, bem aprofundado no que diz respeito
aos food trucks.
Também quero elogiar o Vereador que, na época da
Secretaria de Indústria e Comércio, Ver. Dr. Goulart, que na época era da
Secretaria de Indústria e Comércio, esteve cuidando dessa temática de forma
muito bem detalhada. E hoje nós chegamos ao dia da votação, obviamente, vamos
votar favorável porque entendemos e compreendemos que os food trucks são uma modernização. Aliás, não estamos falando em
algo que vem para inovar dentro de um contexto de irregularidade, mas estamos
falando de algo que vem para inovar dentro de um contexto de estudo, de
evolução, de preparo e muito bem aprovado. Portanto, quando tivemos a reunião
na Comissão de Constituição e Justiça e audiência pública para discussão do
projeto inicial do Ver. Delegado Cleiton que depois – com a iniciativa do
Executivo é o que estamos votando hoje – chegamos a conclusão de que hoje
estamos preparados para votar um projeto que traz qualidade ao Município de
Porto Alegre e aos moradores da Cidade que gostam e que terão a opção de acesso
a essa culinária que, aliás, teve presença no BarraShoppingSul e tem estado em
vários pontos da nossa cidade de Porto Alegre. Portanto, a minha palavra é de
apoio ao projeto, no sentido de que vamos aprová-lo e, parabenizo todos que
desempenham esse brilhante trabalho dentro das regulamentações e dentro do que
prevê a nossa Lei Municipal. Muito obrigado por esta oportunidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo o PLE nº 043/15, de autoria do Governo
Municipal.
O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, público que nos assiste, colegas
funcionários desta Câmara, primeiramente, parabenizo o nosso consultor
imediato, Sr. Luiz Afonso, pelo seu aniversário. Pessoa indispensável no dia a
dia deste plenário e, também, parabenizar o Ver. Cassio “Astrogildo” – lembrei
do colega que deveria estar aqui hoje, também, o Brasinha. Parabenizo o Ver.
Cassio Trogildo e o seu partido.
Eu não poderia deixar de me manifestar, porque, em
2014, se não me engano, entrei com um projeto tentando estabelecer na cidade de
Porto Alegre este trabalho que traria para cá – e trará – grandes benefícios.
Eu costumo dizer que todo projeto que dê emprego
trabalha diretamente a favor da segurança pública. Eu, como Delegado de
Polícia, tenho, nas minhas defesas aqui, a educação, a segurança pública e
direitos humanos.
Acho que todo projeto direcionado a dar emprego é
muito importante para a cidade de Porto Alegre, e este vem trazer esta
modernização, esta jovialidade, que são os food
trucks.
Fico muito feliz, porque, logo após o Governo ter
aberto um grupo de trabalho que transformou este projeto... Acho que demorou
muito. Estávamos ali conversando, e um dos meninos disse: “Até que enfim! Hoje
vamos votar o nosso projeto!”. O nosso projeto demorou muito. Para quem entrou
com o projeto em 2014... Claro que tem todo um trâmite para que a história
venha – e venha para ficar. Mas demorou muito. Ainda bem que foi pedido o art.
81, porque deixamos de estar trabalhando e enfeitando a Cidade. Além da beleza
gastronômica, tem esse sentimento de enfeitar a Cidade, dar uma estética nova à
Cidade.
Então, eu parabenizo todos os futuros – e agora
regulamentados, a partir de hoje, se Deus quiser – empresários desta Cidade.
Muitos já o são, mas agora nesta nova modalidade. Que venham para ficar e
ampliar, tomar espaço, porque se sabe que esse é um trabalho bom e bonito para
a cidade. Então que esse seja o passo inicial para que a gente possa tomar
conta de outros territórios, e é o que nós queremos. Vida longa ao food truck, vida longa aos comerciantes
que irão dar emprego e que irão trabalhar em prol da cidade de Porto Alegre.
Obrigado, senhores. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo a Emenda nº 03, de autoria do Ver. Cassio
Trogildo, ao PLE nº 027/15.
O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para
discutir o PLE nº 027/15.
O SR.
MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, senhoras e senhores, eu vou aqui apenas
fazer um registro do que nosso mandato e a cidade têm debatido, a Ver.ª Titi já
colocou aqui, que é essa questão da ocupação dos espaços públicos. Acho que
isso não é só uma fala, digamos assim, retórica, porque é bonito, porque é do
momento, mas envolve um conceito de cidade que perpassa por uma série de
questões, desde a segurança pública, o pertencimento da cidade, a convivência
comunitária. Então não tenho como não saudar um projeto que incentivará, que
regulamentará, que trará uma normativa para essa questão dos food trucks. Lembro que o Ver. Delegado
Cleiton tinha iniciativas nesse campo, nosso mandato também chegou a esboçar
alguma coisa, mas depois percebemos que já havia iniciativas anteriores, então
nos somaríamos a elas. Eu digo isso porque estamos aqui prestes a encerrar o
ano, faltam duas semanas praticamente, duas ou três semanas, e nós teremos
projetos ainda para votar neste final de ano. Há um acordo que cada um dos
mandatos colocará um projeto até o final do ano, nós pretendemos indicar um
projeto chamado “Ruas de Convivência”. Já entrou em discussão, é um projeto
bastante simples e que trata justamente dessa questão. Ontem, lá na Rua
Comendador Azevedo, tivemos o “Festival da Vizinhança”, e estavam lá um ou mais
food trucks, não lembro, mas ao menos
um estava lá, uma rua fechada no domingo, uma rua interna de bairro em que as
pessoas estavam ali se divertindo, dançando, curtindo aquele espaço gratuito na
rua. E nós há dois anos já propusemos um projeto chamado “Ruas de Convivência”,
muito simples, ele autoriza que 2/3 dos moradores ou o Executivo – dá a
competência diretamente para a população ou para o Executivo –, autorizem que
todos os domingos e feriados aquela rua interna de bairro... Nós deixamos essa
margem para emendas, e o Ver. Janta fez essa emenda, nós não tínhamos
especificado isso, deixamos uma margem para a participação de outros
Vereadores, e o Ver. Janta propôs, então, que somente se trataria de ruas
locais, internas do bairro. Lógico, nunca foi a nossa ideia fazer o fechamento
da Ipiranga, Assis Brasil, ou uma rua de grande fluxo, ou arterial, ou uma rua
coletora, mas uma rua interna de bairro ou até as coletoras, como a Lima e
Silva. Então, é um projeto muito simples que vai dar a possibilidade – estou
falando isso porque tem tudo a ver com o tema – de fechar todos os domingos...
A palavra fechar parece antipática, mas na verdade nós estamos falando aqui em
abrir para a população. Nós devolveremos imediatamente, sem custo algum, um
espaço público em que os vizinhos poderão novamente se encontrar. Porque é
muito ruim você ir lá no parque, na praça encontrar um desconhecido, teu filho,
tua filha brincar com a o filho de outra pessoa e depois você nunca mais vê-la.
E isso é bem diferente do que encontrar o próprio vizinho, conversar sobre as
questões locais, resolver essas questões, ou seja, criar coesão social. As
crianças podem aprender a andar de bicicleta, os adultos podem jogar futebol,
sem atrapalhar a mobilidade, pois é uma rua interna de bairro em que será
permitido o acesso local. E mais: colocamos no projeto que a Prefeitura
incentivará os próprios moradores a colocarem as barreiras, avisando do acesso
local. Então, nas próximas semanas deveremos colocar em votação esse projeto,
que tem tudo a ver com o food truck,
com essa ideia das pessoas estarem nas ruas.
Eu e a Ver.ª Lourdes fizemos parte, acabamos não
conseguindo acompanhar, acho que é o caso da Ver.ª Lourdes, do anteprojeto que
tramita no Executivo, que trata do Código de Convivência Urbana. Então, a
Cidade já caminha para esta linha: de incentivar a convivência comunitária, a
interação entre as pessoas.
Então, bem-vindo o food truck, de forma oficial, e espero a aprovação em breve do
nosso projeto Ruas de Convivências. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a Emenda nº 01 ao PLE nº 027/15.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLE nº 027/15.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda nº 03 ao PLE nº 027/15.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADA.
Em votação o PLE nº 027/15. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, quero fazer uma Declaração de Voto.
Nós encaminharemos a justificativa do voto favorável dos Democratas, uma vez
que essa matéria foi amplamente discutida e acertada de comum acordo entre as
várias partes envolvidas, e não tinha outro caminho senão merecer a aprovação
unânime como mereceu.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Obrigado, Vereador. Por favor, encaminhe por
escrito.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a retirada do PLCL nº
020/11 da priorização de votação da Ordem do Dia de hoje.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
IND. Nº 045/15 – (Proc. nº 2649/15 – Ver. Mauro Pinheiro) – ao
Governo Municipal, que sugere cessão de área de propriedade do Município,
localizada na Rua Germano Basler, esquina Rua Sampaulo, no Bairro Rubem Berta,
para a construção de um salão paroquial e uma cozinha.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a Indicação nº 045/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA, com abstenções dos Vereadores
Prof. Alex Fraga e Fernanda Melchionna.
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
IND. Nº 042/15 – (Proc. nº 2281/15 – Ver. Mauro Pinheiro) – que
sugere ao Governo Municipal a instalação de equipamentos para prática de
ginástica, uma cancha de bocha e a construção de sanitários na Praça México,
localizada no Bairro Rubem Berta (Jardim Leopoldina).
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação a Indicação nº 042/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
O
SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Treze Vereadores presentes. Não há quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 16h28min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos às
O Ver. Cassio Trogildo está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Desiste. O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que aqui nos
assiste, colegas da TVCâmara, subi a esta tribuna para tentar fazer um resumo
de alguns assuntos e parabenizar algumas pessoas. Começarei pela Marcia
Morales, a idealizadora de vários projetos culturais da Zona Sul e que ontem, com mais de 20 expositores, inaugurou o Brique de Ipanema,
ainda provisório, mas mostrou que veio e veio para ficar. Ontem à tarde estive
lá passeando, e é um espaço que, até há pouco tempo, não estava sendo tomado
pela população. Alguns territórios têm que ser tomados pela população, porque
se não forem tomados pela população e pelo Poder Público, serão tomados por
pessoas do mal. Então esse espaço veio para ficar, espaço muito bonito.
Parabéns aos primeiros expositores! Pelo que se vê, vai faltar lugar para os
que já estão inscritos e não puderam entrar nessa primeira leva.
Também estivemos
visitando a Rádio Ipanema Comunitária, um esforço daquela comunidade, de seus
fundadores e de sua direção, para levar as notícias, as reivindicações da
comunidade da Zona Sul. Sábado, estivemos no local, onde houve um belo show, e depois fomos entrevistados,
fazendo um link, até porque
participamos da fundação daquela Rádio e lá encontramos vários moradores de
Ipanema que têm esse sentimento comunitário muito bonito. Parabéns por mais um
ano da Rádio Ipanema Comunitária!
Para finalizar,
senhores, hoje recebi uma mensagem pelo Facebook – e voltarei a falar sobre
esse assunto, porque é um assunto que tem que ser muito debatido aqui nesta
Câmara, que é a Casa do Povo. Eu não costumo trazer para cá resultados e
jurisprudência ou decisões do Poder Judiciário. Mas recebemos do Promotor, o
Dr. Amorim, esse link que eu achei
interessante trazer para os senhores, em que o Poder Judiciário se manifestava
dizendo que arma de fogo ligada a delito de tráfico não deveria ser considerada
ilícito, até porque a arma utilizada dentro do tráfico, pelo traficante, seria
como se fosse seu instrumento de defesa no comércio em que ele atende. Então,
essa decisão não levou em consideração a arma de fogo dentro do comércio ilegal
de drogas. Questões dessa natureza que fazem com que muitos policiais,
abnegados policiais, tenham questões de frustração, porque um julgamento do
Poder Judiciário, dizendo que a arma é a forma, o método de proteção em um
comércio, mesmo que seja ilegal, é difícil, senhores, é difícil aturar uma
decisão tão moderna – quem sabe, quem é policial há 25 anos pode não entender
esse tipo de raciocínio. No meu bairro, onde eu fui criado, isso se chama
várzea. Muito obrigado, senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, quero
cumprimentar, Presidente, também, pelo partido, PTB, o nosso futuro Presidente
Cassio. Parabéns ao Elizandro, Dr. Goulart, e quero parabenizar também uma
pessoa aqui, com todo o carinho, a Bianca, minha assessora. Bianca, parabéns,
feliz aniversário, muita paz. Você é uma assessora exemplar, que maravilha. Em
nome de toda a nossa equipe do gabinete te mando um abraço, o carinho deste
Vereador para uma pessoa maravilhosa com quem eu aprendi muito também.
E quero cumprimentar
o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, que vai, no ano que vem, à Libertadores, o
que todos nós, gremistas, queríamos. E quero cumprimentar, em especial, o
grande Presidente Romildo e esse grande amigo Roger, treinador do Grêmio. Guri
que eu vi na Faculdade Unisinos quando fiz uma palestra, ele estava lá lutando,
se preparando, estudando para ser esse grande treinador, o qual desenha a sua
carreira. Roger, tem aqui um torcedor, não só pelo Grêmio, mas por tudo aquilo
que você é, pela sua humildade, por sua busca. Eu tenho certeza que serás
também um grande treinador, que já é, para esta Nação, esse “exército azul”!
Então, é com muito carinho, com muito amor, que eu cumprimento a todos
gremistas. E não esquecendo que o dia 11 de dezembro é o dia que se escreveu na
Arena: “Nada Pode Ser Maior”. Esse título, que conquistamos em 1983, no Japão.
Esse sonho está vivo e é um sonho gostoso de sonhar. Gostaríamos que todos nós
sonhássemos esse sonho. E quero dizer também, Presidente, que a dengue
está aí; Luiz Afonso, o mosquito da dengue está aí. O remédio é a prevenção. Se
cada um de nós cuidar do nosso espaço, Ver. Dr. Raul, eu acho que vamos
eliminar esse mosquito, o grande risco desse mosquito, principalmente para as
mulheres que venham a engravidar ou que já estão grávidas. Então, eu quero
deixar esse pedido a toda a população, cada um de nós cuidando o nosso espaço,
nós vamos dar um chute forte nesse mosquito e vamos eliminar essa doença aqui
no Rio Grande do Sul e no Brasil. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra.
O SR. DELEGADO
CLEITON: Sr. Presidente, eu gostaria de convidar todos os Vereadores e a
comunidade para, no dia 11, sexta-feira, às 10h, na Prefeitura Municipal,
quando o Prefeito Fortunati irá sancionar a lei do feriado do dia 20 de
novembro.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Paulo Brum, Vice-Presidente
desta Casa; eu agradeço o Ver. Prof. Alex Fraga e as bancadas da oposição, do
PCdoB e do PSOL por poder usar este tempo de oposição, porque é uma questão que
infelizmente nós não gostaríamos que tivesse tido um desfecho dessa ordem. Uma
notícia sobre a determinação judicial do fechamento do Abrigo João de Barro.
Esse abrigo foi visitado no início do ano pela CEDECONDH, pela Comissão de
Direitos Humanos, com a Presidência da Ver.ª Fernanda Melchionna; depois foi
visitado pela Frente Parlamentar de Atenção à Situação de Rua, que eu dirijo,
presido essa Frente, em função das denúncias, em função do movimento de luta
dos moradores de rua nos dizerem que ele era completamente inadequado. E, de
fato, constatamos isso. E todos os prazos dados pelo Ministério Público, pela
Justiça, de reordenamento desses abrigos para jovens não foram cumpridos. E aí
resultou, inclusive, na determinação da Justiça do afastamento do
Diretor-Presidente da FASC, Marcelo Soares, e o fechamento desta casa
problemática, o Abrigo João-de-Barro.
Faço esse registro, porque o tema dos abrigos não é
para nós um tema de aproveitamento político, de populismo, de fazer uma
miscelânea em cima de dificuldades que, eventualmente, um abrigo ou outro
tenha, mas a nossa crítica política é ao ordenamento institucional. A FASC tem
um grave problema entre tantos, que é a absoluta terceirização. E o caso desse
abrigo é uma das questões; são cinco contratos diferentes para atender 12
jovens numa mesma casa. Imaginem: a cozinheira é contratada por uma empresa; os
educadores por outra empresa; a segurança por outra empresa; a limpeza por
outra. Não há condições de gestão, os jovens não se sentem numa casa, a cozinha
é gradeada. Como se faz a ressocialização de jovens com tamanhos problemas que já
os levaram a situações gravíssimas como a rua, como o abandono familiar e como
a própria delinquência? Então, chega no final do ano, a Justiça, cansada de
estabelecer prazos, determina não só o fechamento do João-de-Barro, mas também
o afastamento de um Secretário do Governo Fortunati. E nós vínhamos fazendo
esse debate o ano inteiro com o Secretário, com as equipes todas que estão
voltadas à situação rua, com visitas, na semana passada ainda estivemos no
Centro Pop I, de atendimento à população rua, único centro, porque o Centro II
é todo terceirizado também. Ali os educadores nos falaram e ali víamos a
diferença de um equipamento que conta com funcionário público com formação, com
estabilidade de equipe, com qualificação permanente, um ambiente muito diferenciado
do outro centro de atendimento. Não que não haja um esforço importante dos
funcionários, mas a terceirização, com a itinerância, com a fragilidade dos
vínculos, com o pagamento ruim, com instabilidade nos pagamentos leva a um
descompromisso e, infelizmente, a uma descontinuidade. E lá, no Centro Pop – I
na semana passada, os funcionários diziam: “A nossa principal questão é que é
necessário e importante que sejam nomeados os 60 educadores que estão esperando
no concurso”. Esse compromisso foi firmado pelo Secretário Marcelo Soares,
aqui, nesta Casa, na reunião da Frente Parlamentar; pelo próprio Secretário de
Direitos Humanos, que também afirmou; pelo Governo, que anunciou o segundo
Plano Municipal de Enfrentamento à Situação de Rua, falando sobre essas
nomeações lá em outubro, e nada disso foi cumprido. Nós, de fato, temos uma
grave situação de manutenção da população nas ruas. Por mais que tenha sido
aberto o restaurante popular, ainda provisoriamente – fomos visitar, o
restaurante está bem –, o atendimento à população em situação de rua é
absolutamente fragmentado, com horário para terminar – 17h –, sem aquele
trânsito para a noite. Além disso, falta atendimento em saúde, falta um
sistema, de fato, funcionando de forma azeitada, de forma efetiva, e que tenha,
portanto, eficácia para a saída da rua.
Ver. Kevin, que já foi dirigente da FASC e sabe que
a Justiça determinou, neste momento, o afastamento do Marcelo, Diretor da FASC,
a política de moradia que o DEMHAB diz que temos não funciona se não tivermos
uma série de outras políticas. Não tem como sair das ruas e ir para um aluguel
social se não tiver trabalho. Para a inserção na atividade produtiva, não tem
política nenhuma. É necessária uma reinserção, uma reaprendizagem para poder
trabalhar e viver do próprio trabalho. Então, de fato, a fragmentação no
atendimento à população em situação de rua causa situações limites como estas,
que nós lamentamos: o fechamento do Abrigo João de Barro, pela Justiça, e o
pedido de afastamento do Marcelo.
Recupero aqui, Presidente, para encerrar, os
esforços que temos feito, tanto na Frente Parlamentar quanto na Comissão de
Direitos Humanos. Acho que, sim, é necessário dar um salto de qualidade,
principalmente a superação da terceirização no atendimento à população vulnerável
da cidade de Porto Alegre.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. KEVIN
KRIEGER: Boa tarde, Sr. Presidente. Ver.ª Sofia, eu, que fui pego de surpresa,
não poderia deixar de vir a esta tribuna. Espero que realmente não tenham
questões políticas nesse processo – espero mesmo! Ao longo deste ano, a
Fundação vem tratando ao longo deste ano, a Fundação vem tratando diretamente
com o Ministério Público, com a Dra. Cinara, e vem fazendo todos os ajustes
necessários nos abrigos. Em 2009 e 2010, quando nós entramos na Fundação de
Assistência Social e Cidadania, nós tínhamos duas casas de acolhimento e casa
de passagem com mais de 100 crianças e adolescentes em cada uma. Fizemos toda
uma reorganização com casas lares, com abrigos residenciais, e hoje nós temos
problemas na João de Barros; não tenho dúvidas, só que são problemas que não
são causados pela Fundação de Assistência Social e Cidadania. E quando tivemos
alguns destes debates, eu sempre frisei que esta população, que hoje está na
Casa João de Barro é oriunda FASE, na sua maioria. Adolescentes que cometeram
ato infracional grave e estão sob a tutela da Fundação de Assistência Social e
Cidadania, o que na minha opinião, não deveriam estar. E não venho falando isso
porque houve uma decisão judicial, que a Procuradoria-Geral do Município já
está trabalhando para reverter, até porque a Fundação e o Ministério Público
estão trabalhando em conjunto, não só no abrigo João de Barro, como em diversos
outros abrigos para melhorar e qualificar. E a Fundação, quando a gente fala,
quando escuto a senhora falar em terceirização, acho que é importante
lembrarmos que, no ano de 2015 – não lembro se foi no final de 2014 ou começo
de 2015 –, nós aprovamos a Lei do Sistema Único da Assistência Social na cidade
de Porto Alegre, que criou mais de 300 cargos de Educadores Sociais. Aqueles
monitores que hoje estão na Fundação transformam-se em Educadores Sociais. E no
último mês, na última semana foi lançado o edital para concurso público para
Educadores Sociais na Fundação de Assistência Social e Cidadania. Faço,
inclusive aqui, para a TVCâmara, se não me engano, até o dia 15 de dezembro,
estão abertas as inscrições para o concurso de Educadores Sociais na Fundação
de Assistência Social e Cidadania – até o dia 16, o Ver. Antonio Matos está me
colocando aqui. Ou seja, a direção da Fundação não está parada. Nós aprovamos
uma legislação, nós aprovamos, dentro do Governo, o concurso público, ele está
na rua, e depois que for aprovado, feito o concurso, sem dúvida nenhuma, nós
estaremos priorizando os espaços dos acolhimentos institucionais,
principalmente o João de Barro, o Quero Quero e os demais abrigos residências que
compõem toda a nossa rede Sabiá. Então, os educadores sociais são a prioridade,
neste momento, em relação a estas áreas.
Em relação à terceirização das empresas que hoje
fazem segurança, higiene, cozinha, nós temos, Ver.ª Sofia, não só abrigos, como
temos o Centro POP, o Abrigo Bom Jesus, o Albergue Municipal. Então há o edital
para as cozinheiras e outro edital para a limpeza, e essas são as formas de se
fazer.
Esta questão de grade dentro da cozinha,
principalmente lá no João de Barro, se tem, infelizmente, é porque hoje há
adolescentes que cometeram ato infracional, lá dentro, e grave. E muitas vezes
se fazem estas coisas e se tomam estas atitudes porque há um real perigo lá
dentro. Essa é a realidade. Então, o perfil de adolescentes que hoje compõe a Casa
João de Barro, são perfis de adolescentes que deveriam estar na FASE, mas
infelizmente o Poder Judiciário encaminha para a área da assistência social no
Município de Porto Alegre e, muitas vezes, Ver. Alex, misturando adolescentes
que cometeram ato infracional com crianças que sofreram abuso sexual, por
exemplo. E quem determina o acolhimento, hoje, é o sistema judiciário, no qual
eu confio muito, que faz um grande trabalho e que trabalha junto com o
Ministério Público e a Fundação.
Eu não tenho dúvidas de que a Procuradoria-Geral
vai reverter esse quadro e que nós estaremos trabalhando cada vez mais para que
os nossos abrigos tenham uma melhor qualidade de vida dentro dos nossos espaços
públicos para as crianças e adolescentes, mas não adianta achar que é simples a
solução destas dificuldades, porque quando se trata de adolescentes que
cumpriram medidas, que cumprem medidas, não é tão simples assim. O debate tem
que ser muito mais amplo, porque a situação é complexa, e nós temos sim que
verificar qual é o perfil desses adolescentes que hoje estão nestas casas. A
nossa proposta, Ver.ª Sofia, para o juizado, inclusive há alguns meses, foi de
transformar o João de Barro num outro abrigo residencial para crianças e
adolescentes e atender estes adolescentes que cumprem medidas sócioeducativas
sérias nos espaços corretos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações. (Pausa.)
Ausente. A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Antonio Matos
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Engº
Comassetto.
O SR. ANTONIO MATOS: Boa tarde Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, telespectadores que nos assistem. Quero aproveitar a minha
fala para fazer uma retrospectiva rápida do tempo que me cabe, sobre o mês de
novembro, no qual eu cheguei a esta Casa e, hoje, como titular da Bancada do
Partido dos Trabalhadores. Lembrar o nosso 20 de novembro, Ver. Delegado
Cleiton, a importância para a história dos 300 mil, que é a quantidade da
população negra na cidade de Porto Alegre. São 300 mil africanos que ajudaram e
ajudam a desenvolver e que lutaram e lutam
pela reparação tardia do que foi
feito aos seus ancestrais. No dia em que nós votamos aqui, eu falava que era
uma reparação desta Casa, a qual devia, no mínimo, 217 anos. Naquele dia, eu
falava que, no ano de 1798, a Câmara Municipal de Porto Alegre – com outro nome
no tempo imperial, mas que significam a mesma coisa na época – votou que todo
escravo fugidio, ao ser pego, antes de ser levado para a cadeia, teria que ter
a letra F marcada numa parte visível do corpo. Parabéns aos 28 Vereadores que,
no dia 23 de novembro, ajudaram nessa pequena reparação, importantíssima. Nós fizemos muitas coisas nos últimos anos, e isso, aqui na nossa
Cidade, é importantíssimo.
O Ver. Cleiton me
informou agora que a próxima sexta-feira será o dia da sanção pelo Prefeito, às
10h. Vinte e oito Vereadores votaram com convicção, numa evolução fantástica:
uma semana antes, tinha 12 Vereadores votando a favor; depois, foi para 14; e
aí dobrou. A partir do debate com as lideranças da negritude, com a pressão das
galerias, nós conseguimos esta quantidade de votos. Então, a gente chama todas
as pessoas que ficarem sabendo pela mídia, pela TVCâmara, porque é o dia em que
devemos continuar a nossa festa, quando o Prefeito vai sancionar a lei. É
importante a participação. Eu li no Jornal do Comércio que os comerciantes já
estão se mobilizando para entrar na Justiça contra a lei.
Eu queria, Sr.
Presidente, aproveitar o nosso tempo, também, para falar de uma atividade, na
comunidade Campo da Tuca, no próximo dia 13, quando faremos um debate, pela
manhã, sobre a importância do feriado do dia 20 de novembro e, à tarde, teremos
atividades culturais, como as escolas de samba Filhos da Candinha e Imperadores
do Samba e muita roda de samba. Após o debate, é muito importante que a gente
faça atividades culturais à tarde. Também cantaremos parabéns para o Esporte
Clube Flamenguinho, pelos seus 40 anos, fundado em 9 de novembro de 1975.
Queremos saudar o glorioso Esporte Clube Flamenguinho, aliás campeão municipal
dos veteranos.
Por fim, chamo todos
aqueles que prezam e lutam pelos direitos humanos, lembrando que a atividade de
lutar pelos direitos humanos é, no mínimo, a gente poder se chamar de lutador da
humanidade. Então, no dia 21 de janeiro, já está agendada mais uma caminhada,
marcando o Dia Internacional contra Todas as Formas de Discriminação. Dia 21 de
janeiro, poucos dias antes do Fórum Social Mundial, nós estaremos fazendo essa
caminhada, evidentemente, em festa, comemorando o dia 20 de novembro, feriado
Municipal aqui em Porto Alegre. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Apregoo o Memorando
nº 29/15, de autoria do Ver. Clàudio Janta, nos termos do art. 227, § 6º e 7º
do Regimento – justificativa de falta –, que comunica a sua participação na
reunião ordinária do Conselho Nacional da Força Sindical, em Brasília/DF, nos
dias 1º e 2 de dezembro de 2015.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2355/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 231/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
obriga os pais de crianças em idade de vacinação, ou os seus responsáveis, a
apresentar, no ato da matrícula em estabelecimentos de ensino, público ou
privado, Caderneta de Saúde da Criança contendo o registro da aplicação das
vacinas obrigatórias à sua idade e dá outras providências.
PROC.
Nº 2362/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 232/15, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que
institui como área de preservação ambiental e sociocultural o terreno de
propriedade da Prefeitura Municipal de Porto Alegre localizado na Estrada João
de Oliveira Remião, 5088, Bairro Lomba do Pinheiro, e determina a preservação
das construções e dos equipamentos existentes nesse terreno.
PROC.
Nº 2467/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 047/15, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que concede a Comenda
Porto do Sol à Escola Estadual de Ensino Fundamental Paraíba – CIEP.
PROC.
Nº 2597/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 049/15, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa e outros, que institui
o Programa eParticipação e o Portal eParticipação na Câmara Municipal de Porto
Alegre – CMPA – e inclui § 6º no art. 102 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho
de 1992 – Regimento da CMPA –, e alterações posteriores, possibilitando que
projetos e substitutivos sejam submetidos ao debate público virtual, por meio
do Portal eParticipação.
PROC.
Nº 2777/15 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 053/15, de autoria da Mesa Diretora, que concede o Diploma Honra ao
Mérito ao senhor Darwin Ribas.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2528/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 037/15, que altera os incs. I, IV, V e VI do
art. 1º da Lei nº 7.930, de 19 de dezembro de 1996, autoriza o Poder Executivo
Municipal a prorrogar os prazos dos contratos de concessão de uso com a Empresa
BR PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/A e dá outras providências.
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Ver. Paulo Brum, na pessoa de V. Exa., Presidente, cumprimento as Sras.
Vereadoras e os Srs. Vereadores, público que nos assiste das galerias, senhoras
e senhores. Agradeço o meu colega Ver. João Bosco Vaz que declinou do seu
pedido de verificação de quórum para que nós pudéssemos nos manifestar. Tramita
em 1ª Sessão de Pauta um projeto de lei de minha autoria que obriga os pais de crianças em idade de vacinação, ou os
seus responsáveis, a apresentar, no ato da matrícula em estabelecimentos de
ensino, público ou privado, Caderneta de Saúde da Criança contendo o registro
da aplicação das vacinas obrigatórias à sua idade e dá outras providências.
E eu quero falar um pouquinho dessa
iniciativa, porque, Ver. João Bosco Vaz, foi proposta para o nosso mandato a
partir de uma campanha mundial que é realizada pelo Rotary Internacional, que é
a campanha da “End Polio Now”, que é
uma campanha de combate à poliomielite, a erradicação da pólio no mundo. Veio
aqui a Presidente do meu clube, do Porto Alegre Norte, a Janaína, junto com a
Ionice, nossa ex-Presidente, em uma agenda coordenada pelo nosso companheiro
Ederon, que é o Presidente da Comissão de Imagem Pública do Rotary Club Porto
Alegre Norte, para dizer o seguinte: atenção, senhores pais e comunidade
porto-alegrense, é muito importante que as crianças sejam vacinadas,
especialmente contra a poliomietile. E para que elas possam fazer a sua matrícula na
Rede Municipal de Ensino, privada e pública, Ver. Delegado Cleiton, tem que
mostrar, sim, a carteira de vacinação, com o carimbo, tem que constar que foi
vacinada. Infelizmente, as pessoas não estão entendendo. Vejam esse mosquito fazendo
as crianças nascerem com o cérebro pela metade. Então, as para as doenças que
têm vacina tem que vacinar. Está aqui o Ver. Dr. Raul Fraga, me corrija se essa
iniciativa estiver errada. Eu acho que é uma bela iniciativa. Tem que obrigar
os pais a vacinarem. Antes de a criança ir para o colégio vai lá e faz a
vacina. Muitas vezes, os pais estão cansados, ficam em casa vendo o Faustão e
não levam as crianças para vacinar porque acreditam que a poliomielite já está
erradicada. Ela está erradicada, mas não dá para brincar! Isso aqui não é
brincadeira, é saúde pública! Eu quero confessar para vocês que no meu clube de
Rotary, Ver. Cecchim, eu tenho um companheiro, ele é um pouco mais velho do que
eu, que puxa uma perna. Não vou aqui declinar o nome. Paralisia Infantil,
Vereador! Então, a gente sabe que algumas medidas têm que ser tomadas de
maneira impositiva, que é para as pessoas se conscientizarem sobre a
importância da vacina e do risco de não conseguirem fazer a matrícula do filho
no colégio. As pessoas não podem alegar que não sabem onde colocaram a carteira
de vacinação, que esqueceram na gaveta. Não! Tem que levar lá, sim, a carteira
de vacinação, tem que tirar um xerox e tem que deixar ela junto para provar que
a criança foi vacinada. Então, eu quero aqui, de certa forma, fazer um
agradecimento a toda família rotaryana, especialmente ao Distrito 4670, que é o
Distrito que engloba o meu clube, por todo esse trabalho que tem sido feito,
por todo o envolvimento nessa campanha de erradicação da poliomielite. Quero
dizer que é com muita alegria que eu protocolei esse projeto, quero o quanto
antes poder priorizá-lo e aprová-lo. Eu só não estou pedindo para que ele seja
o número um, porque, para o fim do ano, cada Vereador pode priorizar um
projeto, só que este, como não tramitou 45 dias, e ainda não tem parecer em
nenhuma Comissão, vai ficar para o início do ano que vem. Mas, no nosso
mandato, a prioridade é aprovar este projeto, que é um projeto que trata do
interesse coletivo das futuras gerações das crianças da nossa querida Porto
Alegre, que eu tenho certeza que vai colaborar sobremaneira com o pano de fundo
da poliomielite. O principal objetivo é a pólio, mas também serve para reforçar
as outras vacinas necessárias, tão importantes e tão relevantes quanto a da
pólio, que são aplicadas ao longo da formação da criança, até os 12, 13, 14
anos.
Fica aqui o nosso registro. Agradeço aos Vereadores
que me concederam a oportunidade de falar neste período de Pauta, de fazer
correr a Pauta e, também, de trazer um pouco de reflexão para as iniciativas do
colegiado desta colenda Câmara. Pela atenção...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Paulo Brum): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir
a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Paulo Brum, quero aqui aproveitar e fazer uma reflexão sobre os
projetos que iniciam sua tramitação. Entre eles, quero valorizar o de autoria
do Ver. Marcelo Sgarbossa, que institui o Programa e Participação e o Portal e
Participação na Câmara Municipal de Porto Alegre, para que a população
acompanhe a representação política que elege a cada quatro anos, o que é
fundamental, pois fortalece a nossa democracia.
É nesse sentido, inclusive, que nós vivemos um
momento excepcional mais uma vez no Brasil, que é o acolhimento de um pedido de
impedimento da Presidenta Dilma pelo Presidente da Câmara Federal. Acontece
exatamente quando o partido da Presidenta se define por votar pelo acolhimento
de um processo, na comissão de ética, do Presidente da Câmara. Ora, o uso da
chantagem, da vingança, o uso do cargo para proteger seus interesses, tudo isso
está escancarado quando o Ministério Público, quando a Justiça identifica
contas no Exterior, identifica que o Presidente da Câmara mentiu na própria
comissão de ética. No entanto, há um apadrinhamento, um acobertamento, e isso
tudo a população precisa acompanhar mais de perto. Infelizmente, a produção da
alienação política, a ideia de que a política não é boa, de que ninguém vale, de
que nada serve faz com que a população não perceba que ela pode fazer escolha,
que ela pode fazer alteração, que ela pode fazer mudança com a participação
popular. Por isso a democracia ajuda a democracia.
Este ano, nós temos uma novidade que ainda não foi
muito celebrada: o Supremo Tribunal Federal definiu pela inconstitucionalidade
da contribuição empresarial para as campanhas. O Congresso, presidido por
Cunha, tentou tornar legal e votou uma nova legislação. A Presidente Dilma
vetou o financiamento empresarial de campanhas e o veto foi mantido, agora, na
semana passada. Acho que isso nós celebramos pouco aqui. Registramos pouco
aqui, Dr. Raul, que está nos ouvindo e está no plenário. Porque um divisor de
águas está estabelecido na política, no sistema político eleitoral. Ano que vem
não terá financiamento empresarial de campanhas. Ano que vem deverá haver um
controle maior, porque haverá menos condições de gastar. Ano que vem a eleição
terá 45 dias. Os custos das campanhas devem cair de forma abismal, isso
significa que, com certeza, a militância, o voto ideológico, o trabalho sério,
eu espero, passe a preponderar em relação à máquina, em relação ao poder
econômico, em relação às organizações religiosas que, infelizmente, não
deveriam estar no Congresso Nacional incidindo sobre a legislação, sobre o
pacto federativo. Então, a medida para o aprimoramento da democracia, no
momento em que as instituições, pela primeira vez, veem que – não importando se
é Senador, se é dono de banco, se é bilionário – nós estamos punindo, estamos
elucidando. Hoje eu vi uma matéria no jornal dizendo que os empresários, os
líderes do Grupo Queiroz Galvão foram presos e que só saem da cadeia depois que
restituírem aos cofres públicos milhões desviados, e ainda cumprirão anos de prisão.
Isso é novo, é extraordinário no País e nós não queremos retroceder; nós
queremos aprofundar essa democracia, e iniciativas que garantam a transparência
são bem-vindas e podem ajudar a população a garantir esse processo de forma
inexorável, que apenas avance e não retroceda.
(Não revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 17h12min.)
* * * * *